Didam Hou Braga é Ludovicense. Mulher preta, teatro educadora, mãe, rodante/abiã, começou no candomblé mas a herança familiar mineira falou ainda mais alto e hoje segue as duas vertentes dentro da matriz africana. Começou a dar aula aos 12 anos. Vive a e da cultura popular afro-maranhense. Pertencente a uma família negra, vive no meio cultural, principalmente a cultura negra. Carrega no nome a origem e a história de sua raça. Criada por mulheres negras e de fibra, neta de Maria Rosa, benzedeira que estudou só até a 4ª série. Filha de Maria Raimunda, mulher preta, de axé, envolvida desde cedo com cultura e religião, de família tradicional de terreiro de mina e cura, arte educadora e Ekedji.
Malu AvelarA artista nasceu na cidade histórica de Sabará, em Minas Gerais, e iniciou sua formação artística em Belo Horizonte, no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes (CEFAR) e no Grupo Jovem Compasso. Trabalhou em conjunto com muitos importantes coreógrafos brasileiros, dentre eles Morena Nascimento, Mário Nascimento, Patrícia Avellar, Tindaro Silvano, Gal Martins, Firmino Pitanga, Mário Lopes e Luciane Ramos. Atualmente, desenvolve o seu trabalho artístico na cidade de São Paulo, com parcerias e projetos independentes. Seus últimos trabalhos foram desenvolvidos através de sua pesquisa corporal “Corpo Negro: Tensão e Urgência “, colaborando com o projeto “RÉS” da Corpórea Companhia de Corpos, premiado pelo edital “RUMOS’ e tendo como destaque o clipe da Elza Soares, “O que se cala “, o qual coreografou. No ano de 2019, participou da residência PlusAfroT na Villa Waldberta (Munique), iniciando e aprofundando duas pesquisas, uma performance em dança chamada “1300° - Qual é a saúde de um vulcão?“, com a abertura do processo na cidade de Munique, e a “Sauna Lésbica“, uma obra relacional instalativa que teve a sua primeira edição no segundo programa de residência artística do Festival Internacional Valongo (Santos/2019). A cerne da pesquisa da artista parte do aterramento desse corpo dissidente que vive em constante estado de alerta e tem uma urgência pelo movimento que circula em um mistério que vem de dentro e transborda para além dos discursos que o cristaliza.
Mário Lopes é coreógrafo e articulador/ gestor cultural. Coreógrafo integrante do coletivo DMV22, com as obras “VRUM(2009)”, “a cidade se move(2010)”, “vrumvrumzinho(2011)”, “ENTRE(2012)”, “TREPP(2013)”, “Movimento I, parado é suspeito(2014)”, performance “Keller(2015)” e o processo “Re_sistir_existir (2016)”. Em outubro de 2016 iniciou o processo da coprodução coreográfica “ALBUM kodex_ feedback” com o coreógrafo mexicano Martin Lanz, que terá estreia no dia 20 de maio de 2017 no teatro HochX-Munique. Como gestor e articulador cultural, é diretor geral e uns dos curadores da plattformPLUS/ Munique e sócio executivo da HumaVida Produções/São Paulo. Desde 2015, faz parte da equipe de articulação/ curadoria do veiculoSUR, responsável pela gestão e produção da residência na Alemanha.
Thiago Pirajira é ator, diretor, produtor, curador e professor de teatro. Bacharel em Teatro (UFRGS), Mestre em Educação (UFRGS) e doutorando em Artes Cênicas (UFRGS). É membro-pesquisador do GETEPE / UFRGS - Grupo de estudos em Educação, Teatro e Performance. É diretor artístico do grupo de teatro Pretagô. É ator e produtor do grupo de teatro Usina do Trabalho do Ator (UTA). É um dos artistas cofundadores do Bloco da Laje. Concebe e dirige artisticamente o projeto interventivo RECUO (2012). Foi professor de extensão na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em São Leopoldo (2010-2013). Foi professor no curso de Assistência de Produção Cultural no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Porto Alegre (2014). Presta serviços de assessoria e curadoria em artes e desenvolve formações e acompanhamentos pedagógicos em práticas artísticas que tangenciam o Ensino das Relações Étnico-Raciais (ERER) e a Educação Antirracista.